Reportagem TSF nos EUA: "Quantas crianças mataram hoje?" Protesto pró-Palestina interrompe Kamala
Assim que a candidata democrata começou a falar, foi imediatamente abafada por cânticos e protestos contra a guerra em Gaza
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Kamala Harris regressou, esta noite, ao Michigan, um dos estados que pode ser decisivo no resultado das eleições presidenciais de 5 de novembro, para mais um comício, que juntou milhares de pessoas, e onde enfrentou um protesto de jovens contra a guerra em Gaza.
O guião estava a ser seguido com música, o discurso de Tim Walz e a subida ao palco de Kamala Harris, mas, mal a candidata democrata começou a falar, foi abafada por cânticos e protestos: "Israel bombardeia, Kamala paga, quantas crianças mataram hoje? Quanto vale o genocídio?"
Em declarações à TSF, os jovens que estão contra a guerra em Gaza e o apoio dos Estados Unidos a Israel afirmam que "não gostam do genocídio" na Palestina e querem que "o genocídio acabe". Questionados sobre se acreditam que a atual vice-presidente norte-americana ouviu os apelos, respondem: "Esperamos que sim."
Harris apenas frisou que "é diferente" de Donald Trump, porque "quer trabalhar e ouvir toda a gente". A uma semana das eleições, a candidata democrata lembrou que "chegou a altura de votar".
O discurso de Kamala Harris entusiasmou os milhares de pessoas que se juntaram neste comício em Ann Arbor, no estado do Michigan. "Eu adorei, foi ótimo e acho que deixou todos animados", afirmou aos microfones da TSF uma das apoiantes da democrata.
Outro jovem referiu que compreende os protestos, que fazem parte da política da Universidade de Ann Arbor. "É importante que protestem, eu concordo com alguns dos pontos deles e este é um lugar ótimo para protestarem."
Sali, outra apoiante que já votou, também ficou animada. "Todos precisam de sair e votar. Eu já votei. Só quero ter a certeza de que chegaremos à decisão que desejo." A jovem garante que os Estados Unidos não aguentam mais quatro anos de Donald Trump: "Não vamos sobreviver enquanto país se ele [Trump] voltar."
O Michigan é um dos estados-chave, com 15 votos no Colégio Eleitoral norte-americano.