O representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Tailândia, Yonas Tegegn, negou hoje ter infligido maus-tratos à sua empregada doméstica ou trata-la como escrava, na sequência de uma queixa apresentada em março.
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A empregada doméstica, uma etíope de 25 anos, apresentou queixa na polícia no mês passado, acusando Yonas Tegegn e a mulher de abusos físicos e de a forçarem a trabalhar sem remuneração durante quase dois anos.
A polícia informou na quarta-feira que iria investigar as alegações e questionar o casal, também ambos nacionais da Etiópia.
Tegegn negou as queixas, num comunicado divulgado hoje. «Estas acusações feitas contra mim e a minha família são infundadas. Negamos qualquer delito», afirmou em comunicado enviado por email à AFP.
Um responsável da OMS em Banguecoque disse que a organização estava «a par das alegações na imprensa sobre um assunto privado entre o Yonas Tegegn e a sua ex-funcionária». «A OMS está a considerar seriamente as alegações e está a revê-las de acordo com os procedimentos internos da OMS», disse o porta-voz.
A empregada doméstica trabalhou para Tegegn entre julho de 2013 e março de 2014, período durante o qual alega não ter recebido salário e dormir num quarto com o cão da família. A mulher diz ainda ter sido abusada fisicamente e alimentada apenas com arroz.
De acordo com uma biografia no site da OMS, Tegegn é um médico com 30 anos de experiência, que trabalhou para a organização na Etiópia, Ruanda, Suíça, Índia e Coreia do Norte, antes das atuais funções na Tailândia.