Representantes de vários países abandonam Assembleia-Geral da ONU antes de discurso de Netanyahu
O primeiro-ministro de Israel acabou por subir ao púlpito para prometer acabar o trabalho levado a cabo pelo Exército em Gaza e para negar a existência de um genocídio em curso no enclave palestiniano
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A subida do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ao púlpito da 80.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU motivou a saída de vários representantes da sala, enquanto outros aplaudiram a sua chegada.
Benjamin Netanyahu teve de esperar alguns minutos antes de poder começar a discursar na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, depois de representantes de vários países começaram a abandonar a sala no momento em que o nome do chefe do Governo israelita foi anunciado. A presidência da assembleia pediu repetidamente "ordem" na sala.
Depois disto, o primeiro-ministro de Israel subiu ao palco para prometer acabar o trabalho levado a cabo pelo Exército em Gaza e para negar a existência de um genocídio em curso no enclave palestiniano.
O primeiro-ministro frisou ainda que Israel “não cederá” às pressões internacionais e que não descansará enquanto não eliminar o auto-denominado movimento de resistência islâmico (Hamas) e trouxer para casa os 20 reféns vivos, do 48 que estão em poder do Hamas.
Netanyahu insistiu no apelo para o Hamas depor as armas e libertar todos os reféns, vivos ou mortos, “o mais rapidamente possível”, pois, caso contrário, os militantes do movimento palestiniano “serão perseguidos”.
“Se depuserem as armas e libertarem já todos os prisioneiros, a guerra acaba já hoje”, afirmou o primeiro-ministro israelita, elogiando o apoio que tem recebido do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e criticando os países, entre eles Portugal, que recentemente reconheceram o Estado da Palestina.
Assegurou ainda a todos os reféns que não vai descansar até que estejam em casa.
