O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos critica duramente as forças armadas da República Democrática do Congo.
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Esta manhã, Zeid Al-Hussein acusou os homens de Joseph Kabila de excesso de força contra manifestantes que protestavam por causa do adiamento das eleições presidenciais. Em Kinshasa, várias pessoas foram mortas a tiro por pedirem que Kabila abandone o poder. O Alto Comissário teme que os confrontos possam levar a um conflito em larga escala.
Joseph Kabila tenta agarrar-se ao poder com a cumplicidade do mundo. Com as eleições adiadas, é certo que Kabila vai manter-se na presidência, algo que até o tribunal constitucional do país defendeu essa solução para que não exista um vazio de poder.
A TSF falou com Anjan Sundaram, jornalista e autor de vários livros sobre a República Democrática do Congo, que diz que como todos os outros ditadores pelo mundo fora, Kabila quer cada vez mais poder e consegue-o porque o mundo precisa dos materiais que existem no país.
Anjam Sundaram lembra que um dos opositores de Kabila, Jean Pierre Bemba, está preso em Haia. O jornalista não questiona a legitimidade do processo, mas defende que o presidente também devia lá estar.