Os líderes republicanos da Câmara de Representantes adiaram, sem esclarecer os motivos, a votação da proposta que permite o aumento da dívida federal, com cortes nas despesas públicas.
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Está ainda por esclarecer o motivo que levou ao adiamento da votação, prevista para a noite passada, que parecia iminente. A Câmara de Representantes estava já na recta final do debate sobre a legislação quando os republicanos decidiram mudar de direcção.
Os republicanos têm trabalhado para garantir os 216 votos de que precisam para aprovar o seu plano na Câmara de Representantes, mas têm enfrentado oposição de alguns integrantes das suas próprias fileiras.
O plano que os republicanos iriam aprovar na Câmara de Representantes, onde têm a maioria, deveria depois ser rejeitado no Senado, controlado pelos democratas, numa manifestação do bloqueio político no Congresso.
Apesar do nervosismo crescente dos mercados face a um possível incumprimento, depois da data limite (2 de Agosto), o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, repetiu que o Executivo continua «optimista sobre o facto de o Congresso vir à razão» e «que seja alcançado um acordo».
Patrões de bancos, seguradoras e outras instituições financeiras de Wall Street escreveram hoje ao presidente Obama e aos eleitos no Congresso apelando a que «se chegue a um acordo esta semana».
A dívida bruta federal, de cerca de 14,3 biliões de dólares (9,9 biliões de euros), atingiu em meados de Maio o limite máximo autorizado pelo Congresso e o défice orçamental deve atingir os 1,6 biliões de dólares (1,108 biliões de euros) este ano.
O tesouro norte-americano preveniu que, sem que o limite da dívida seja elevado pelos eleitos até 2 de Agosto, os EUA ficam incapazes de fazer face às suas orbigações, o que poderá ter perigosas consequências para a economia.