Reservas de oxigénio no submersível Titan terão terminado, mas buscas vão continuar
Continuam os esforços para encontrar o submergível desaparecido desde domingo, apesar da impossibilidade de encontrar os cinco passageiros com vida.
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Já estarão completamente esgotadas as reservas de oxigénio no submersível que desapareceu no Oceano Atlântico com cinco ocupantes quando visitava os destroços do Titanic.
O Titan teria uma reserva de oxigénio de 96 horas quando se fez ao mar pelas 06h00 de domingo, segundo a empresa privada OceanGate Expeditions, mas segundo a Associeted Press a Guarda Costeira norte-americana admitiu que o limite mais otimista se podia estender até às 13h00 (hora de Lisboa).
A Guarda Costeira norte-americana vai manter uma "operação ativa de busca e resgate", assegurou o contra-almirante John Mauger em declarações à Sky News. "Tem sido um esforço incrivelmente complexo. Mantemo-nos esperançosos", acrescentou, questionado se seria tarde de mais.
Os meios de buscas foram reforçados nas últimas horas, num último esforço para tentar encontrar com vida os cinco ocupantes do Titan: o norte-americano Stockton Rush, proprietário da OceanGate; o magnata britânico Hamish Harding, de 58 anos; o francês Paul-Henri Nargeolet, especializado no Titanic, de 77 anos; o empresário britânico-paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho Suleman, de 19 anos.
Cada um pagou 250.000 dólares para visitar os destroços do Titanic, aceitando os riscos inerentes.
As buscas vão manter-se numa área de 20 mil quilómetros quadrados, incluindo com um robô capaz de alcançar o ponto onde se encontram os destroços do navio Titanic, a cerca de quatro mil metros de profundidade.
O contacto com o Titan foi perdido duas horas após a partida.
O submergível tinha um dispositivo que faria com que voltasse à superfície em caso de emergência - através da libertação manual de pesos que ajudam o aparelho a manter-se debaixo de água, ou automática passadas 24 horas - mas não se sabe se este dispositivo foi ativado. Mesmo se este for o caso, os ocupantes não seriam capazes de abrir a cápsula a partir do interior.