Richard Pilger insinuou discordância com a decisão do procurador-geral dos EUA de autorizar desde já investigações a alegada fraude eleitoral, apesar de falta de provas.
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Richard Pilger, o diretor da divisão de Crimes Eleitorais do Departamento da Justiça dos Estados Unidos, demitiu-se depois de terem sido autorizadas investigações a alegadas irregularidades na contagem dos boletins de voto, apesar da falta de provas de fraude.
Numa carta enviada aos colegas, Richard Pilger sugere estar em desacordo com a revogação de uma politica em vigor há 40 anos, já que, regra geral, só se investigam eleições depois destas estarem concluídas, os resultados serem certificados e todas as recontagens e concursos eleitorais concluídos, ou seja, neste caso, até Joe Biden ser reconhecido formalmente como o 46.º Presidente dos EUA.
"Depois de me ter familiarizado com a nova política e as suas ramificações, (...) tenho lamentavelmente de me demitir do meu cargo como diretor da Divisão de Crimes Eleitorais", escreveu Richard Pilger numa nota interna, citada pela NBC News.
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O procurador-geral William Barr autorizou os procuradores federais a investigar desde já "alegações substanciais" de irregularidades na contagem dos votos depois de Donald Trump ter ameaçado recorrer ao Departamento da Justiça para tentar impugnar o resultado eleitoral.
Trump recusa reconhecer Joe Biden como Presidente eleito e sucessor na Casa Branca e insiste nas alegações de fraude eleitoral, apesar de não haver, até ao momento, quaisquer evidências de adulteração dos resultados.
O memorando enviado por William Barr aos procuradores diz que "poderão ser conduzidas [investigações] se houver alegações claras e aparentemente credíveis de irregularidades que, a serem verdade, poderão impactar o resultado da eleição" ao nível federal num determinado estado.
Os estados têm até ao dia 8 de dezembro para resolver disputas eleitorais, incluindo as recontagens e contestações judiciais.