Resposta espanhola "não é suficiente" face à situação "trágica e dramática" em Valência
O primeiro-ministro espanhol garantiu o apoio que for necessário ao governo regional da Comunidade Valenciana
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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reconheceu este sábado que há uma "situação trágica" em Valência por causa das cheias e uma resposta insuficiente das autoridades e anunciou o envio de mais 10 mil militares e polícias para o terreno.
"A situação que vivemos é trágica, é dramática", disse Sánchez, numa declaração a partir da sede do Governo, em Madrid, sublinhando que o leste de Espanha, e sobretudo a região de Valência, foi atingida na terça-feira por um temporal que provavelmente provocou as inundações mais graves deste século em todo o continente europeu.
"Estou consciente de que a resposta que se está a dar não é suficiente. Sei que há problemas e carências, que ainda há serviços colapsados, municípios sepultados pelo lodo, pessoas desesperadas à procura dos familiares, pessoas que não conseguem aceder às suas casas, lares destruídos e sepultados pela lama. Temos de melhorar", afirmou Sánchez.
O primeiro-ministro, que é socialista, apelou à união das administrações e garantiu o apoio que for necessário ao governo regional da Comunidade Valenciana (do Partido Popular), a quem compete a coordenação da resposta no terreno e as solicitações de meios ao Estado central, como lembrou o hoje o próprio Sánchez.
No imediato, e em resposta a um pedido desta manhã da Comunidade Valenciana, serão enviados mais cinco mil militares para o terreno, onde já estão mais de dois mil elementos das Forças Armadas, disse Sánchez.
O primeiro-ministro anunciou também mais cinco elementos das forças de segurança nacionais (Polícia e Guarda Civil).
Relativamente ao número de vítimas, Pedro Sánchez adiantou que são pelo menos 211 mortos. As equipas das forças armadas e das forças de segurança do Estado já encontraram 211 cadáveres nos locais em que atuaram no terreno, referindo em concreto e como exemplo milhares de garagens, casas e estradas inundadas.
Há ainda "dezenas de dezenas" de pessoas desaparecidos, não sendo possível concretizar um número.
