Esta terça-feira marca o início da segunda fase de desconfinamento em França.
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Arrancou esta terça-feira a segunda fase de desconfinamento em França. Depois de três meses encerrados, restaurantes e cafés reabrem as portas. Em Paris, zona classificada "cor-de-laranja" pela circulação ainda ativa do novo coronavírus, apenas é possível voltar a abrir as esplanadas. Uma luz ao fundo do túnel para os portugueses que dependem do setor da restauração na capital francesa.
Esta terça-feira, dia 2 de junho, marca o início da segunda fase de desconfinamento em França. As medidas mais restritivas foram levantadas e, segundo o primeiro-ministro Édouard Philippe "a liberdade volta a ser a regra e a proibição, a exceção".
Na capital francesa, zona classificada "cor-de-laranja" pela circulação ainda ativa do novo coronavírus, apenas a reabertura de esplanadas é autorizada.
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Situada no norte de Paris, a churrascaria portuguesa Galo retomou trabalho no mês de maio, preparando refeições em take away. A proprietária garante que com essas refeições não conseguiram "nem para pagar a luz" e que "temos medo de amanhã não poder pagar a luz, a renda, os empregados".
As preocupações do setor da restauração não se dissipam ao reabrir portas a clientes, confirma a proprietária portuguesa, "começamos quase do zero, porque os clientes tinham confiança... para voltarem, não vai ser fácil".
Fernando, português que vive em Paris, aproveita a reabertura dos restaurantes para retomar hábitos, como os de almoçar fora, "aqui vão abrir apenas os restaurantes que têm esplanada, e ainda bem que o tempo está agradável", e salvaguarda que "vai ser muito complicado para aqueles que não têm esplanada".
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Trabalhador na construção civil, Henrique retomou o trabalho no mês passado, momento em que descobriu pela primeira vez as ruas da capital vazias. Hoje ao chegar a Paris deparou-se com esplanadas, mas continua reticente, "penso que vai ser complicado estar num bar com uma máscara ou estar num restaurante com uma máscara, prefiro não ir", acreditando que a situação não vai voltar ao normal "antes de pelo menos um ou dois meses".
Apesar das distancias sociais, assinala-se um novo passo em direção a uma certa normalidade na capital francesa, com a reabertura da restauração, que a autarca parisiense Anne Hidalgo considera "a alma da cidade".
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