O acordo alcançado ontem entre governo sírio e forças rebeldes previa que os civis e combatentes começassem a sair da cidade ao nascer do dia, mas isso só deve acontecer na quinta-feira.
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De acordo com a agência Reuters, 20 autocarros continuam no local previsto, prontos para fazer o transporte, mas ainda não houve qualquer indicação de que a retirada vá avançar.
O ministro francês dos Negócios Estrangeiros já exigiu, entretanto, a presença de observadores das Nações Unidas no terreno.
Esta manhã, em entrevista ao canal de televisão France Deux, o responsável disse que a retirada está a gerar confusão e defendeu que é imperativo que a operação seja gerida pela ONU e que outras organizações humanitárias possam intervir.
Já ???????ontem, o enviado das Nações Unidas para a Síria pedia o acesso ilimitado à zona oriental de Alepo para garantir que tudo está correr como o previsto. Staffan de Mistura disse que a ONU quer estar presente durante o processo, mas que ainda não recebeu autorização.
Esta manhã, as Nações Unidas esclareceram que não estão envolvidas nos planos de retirada de Alepo mas garantem que estão preparadas para ajudar na operação.
Apesar do provável adiamento da operação, os militares no terreno garantem que o cessar-fogo continua.
Entretanto, em Alepo os habitantes começaram a fazer as malas. Há relatos de pessoas que estão a incendiar os bens que não vão conseguir levar. Quadros, livros e até mesmo automóveis. Temem uma possível pilhagem pelo exército sírio e pelos aliados iraquianos quando for retomado o controlo da cidade.
Dos 275.000 civis que viviam em Alepo quando foi lançada a ofensiva, cerca de 70.000 fugiram nos últimos dias, na sua maioria para centros de deslocados montados pelo governo na parte oeste da cidade.