EUA anunciaram que a China vai sofrer "consequências" se ajudar a Rússia a evitar as sanções ocidentais impostas desde a invasão da Ucrânia.
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As autoridades americanas e chinesas vão se reunir em Roma na próxima segunda-feira, anunciou a Casa Branca, este domingo.
Além do anúncio da reunião, Washington alertou Pequim que enfrentará "consequências" se ajudar a Rússia a evitar as sanções ocidentais impostas desde a invasão da Ucrânia.
A reunião contará com a presença de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e Yang Jiechi, o principal funcionário diplomático do Partido Comunista Chinês.
Os dois líderes e as suas respetivas equipas "vão discutir os esforços em andamento para gerir a competição entre (os) dois países e o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e global", disse Emily Horne, porta-voz do Conselho de Segurança Interna da Casa Branca, num comunicado.
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Pequim não condenou diretamente a invasão da Ucrânia por Moscovo e culpou repetidamente a "expansão para o este" da NATO, pelo agravamento das tensões entre Kiev e Moscovo, um dos principais pedidos do presidente russo, Vladimir Putin.
"Estamos a monitorizar de perto até que ponto a China fornece, de uma forma ou de outra, assistência à Rússia, seja material ou económica", disse Jake Sullivan à CNN, este domingo.
"É uma preocupação para nós e deixamos claro a Pequim que não ficaremos de braços cruzados e não deixaremos que nenhum país compense as perdas da Rússia devido às sanções económicas" impostas desde o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, acrescentou.
"Haverá consequências absolutas no caso de ações significativas destinadas a contornar as sanções."
As conversas marcadas para segunda-feira em Itália "fazem parte dos esforços contínuos para manter uma linha de comunicação aberta" entre a China e os Estados Unidos, explicou Horne no comunicado.
Uma reunião semelhante entre os mesmos altos funcionários ocorreram em outubro na Suíça.