Grupo de muçulmanos oferece flores na ponte de Londres como forma de condenação e demarcação do ataque terrorista do fim de semana.
Corpo do artigo
Ninguém é indiferente à presença de Peisa. De véu islâmico e rosas na mão, esta imigrante turca vai distribuindo flores pelas pessoas que passam junto à ponte de Londres, palco do atentado terrorista do passado sábado. À surpresa inicial, seguem-se algumas manifestações mais calorosas que incluem abraços ou apertos de mão prolongados. É o efeito pretendido.
TSF\audio\2017\06\noticias\07\miguel_videira_muculmanos
Peisa é muçulmana e é nessa qualidade que ali está. Chegou há pouco tempo a Londres pelo que recorre à ajuda de um amigo que a acompanha, Mutlu, para traduzir o que, por agora, só consegue dizer em turco. Explica que está ali "para partilhar o desapontamento, dor e luto depois dos incidentes". A decisão de aqui vir foi tomada por um "grupo de amigos" de forma "espontânea", a que não será alheia a pressão exercida sobre a comunidade muçulmana a cada ataque terrorista.
Mutlu, há dois anos a viver na capital britânica, sublinha que o grupo quis não só aproveitar a presença dos media para expressar o que cada um está a sentir mas também para, "cara a cara", abraçar as pessoas e mostrar que não são "os muçulmanos que os terroristas pretendem denegrir".