Ladrão de Brasília fez assalto como mandam as regras mas não resistiu a um cochilo numa manhã de chuva... e acabou preso.
Corpo do artigo
Nem todos os casos poderão ser enquadrados clinicamente como cleptomania mas que há gente que tem uma pulsão, um fervor pelo furto, lá isso há.
Um ladrão de Brasília, apanhado a cometer um ilícito no bairro Samambaia Sul, junto à estação de metro QR112, na capital federal do país, teria provavelmente esse, chamemos-lhe assim, arroubo pelo roubo.
Uma poderosa ânsia por pegar aquilo que não é seu.
Mas mais poderoso ainda do que o impulso do furto no ser humano, em qualquer ser humano, mesmo no mais cleptomaníaco dos seres humanos, é o ímpeto pelo sono. Ninguém vence o cansaço.
O nosso ladrão de Samambaia do Sul fez tudo como mandam as regras dos assaltos ao chegar ao pé de um elegante automóvel cinza. Partiu o vidro da viatura, abriu a maçaneta, entrou, pegou o que queria e tinha tudo para festejar mais um assalto bem sucedido na carreira.
No entanto, naquela manhã chuvosa brasiliense aproveitou o banco de trás para tirar uma soneca - um cochilo, como se diz normalmente no país.
Dois polícias que passavam, estranharam o vidro quebrado e a presença de um sujeito a dormir profundamente no banco, agarrado ao rádio do carro e a mais alguns pertences do dono do veículo.
Ele acabou algemado e detido, o que já é mau. Mas o pior foi os guardas precisarem de o acordar para efetuar a prisão.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras a crónica Acontece no Brasil