Doença chegou a Goma, a cidade mais povoada entre as até agora afetadas pela epidemia na República Democrática do Congo.
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As autoridades do Ruanda fecharam a fronteira com a República Democrática do Congo devido à epidemia de ébola.
Isto depois de, esta quinta-feira, ter sido confirmado o terceiro caso da doença na cidade de Goma, a 20 quilómetros da fronteira com o Ruanda, escreve a Reuters.
Há ainda 12 casos suspeitos na cidade, à espera de serem confirmados, segundo o balanço feito pelo Governo congolês, divulgado na terça-feira.
Com dois milhões de habitantes, Goma, é a cidade mais povoada, e também a mais estratégica, entre todas as afetadas até agora, o que aumenta o risco de uma propagação da epidemia.
O surto de Ébola que surgiu há um ano na República Democrática do Congo evoluiu para epidemia e já é considerado o segundo mais mortífero da história, contabilizando mais de 2.592 contágios e 1.700 mortos.
Este mês, durante a quarta reunião entre a Organização Mundial de Saúde e o Comité de Emergência desde o início do surto, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, decretou o estado de Emergência Internacional na República Democrática do Congo.
O país foi palco de dez epidemias de Ébola desde 1976, mas esta é a primeira vez que o vírus ataca numa zona de conflito armado, densamente povoada e com grandes movimentos de população.
As principais áreas afetadas no Kivu Norte são Katwa (638 mortos), Beni (526 mortos), Mabalako (369 mortos), Butembo (258 mortos), Kalunguta (143 mortos) e Vuhovi (106 mortos), ao passo que dos 257 casos mortais registados em Ituri, a maioria foi na zona de Mandima (197).