A Rússia qualificou hoje o bombardeamento de um autocarro no leste da Ucrânia como «crime contra a humanidade» e «crime monstruoso», acusando Kiev de pretender fazer descarrilar as negociações de paz.
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«Estamos consternados com o novo crime monstruoso em Donetsk, onde na manhã de 22 de janeiro dezenas de civis pacíficos morreram ou ficaram feridos no bombardeamento das forças ucranianas a uma paragem de autocarro», afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, num comunicado.
O ataque, disse o ministro, foi «um crime contra a humanidade» e uma «provocação grosseira destinada a minar os esforços de paz», sublinhando os «progressos tímidos» alcançados na reunião de crise realizada na quarta-feira em Berlim.
«Está a tornar-se óbvio que as perdas humanas não vão parar o 'partido da guerra' em Kiev e os seus apoiantes estrangeiros», acrescentou Lavrov, pedindo uma «investigação urgente» ao incidente.
Pelo menos 13 civis morreram naquele incidente.
Antes, em Kiev, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, tinha acusado a Rússia de estar por detrás do ataque, enquanto o comando militar ucraniano tinha responsabilizado «terroristas russos».
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) divulgou hoje um novo balanço do conflito no leste da Ucrânia, iniciado em abril de 2014, de 5.000 mortos.