O vice-primeiro-ministro russo afirma que são muitos aqueles que procuram pôr Moscovo "de joelho". "Não aprendem que nunca o conseguiram e nunca o conseguirão", atira
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O Governo russo advertiu este domingo o Presidente dos EUA de que a Rússia encontra sempre forma de se adaptar às restrições económicas ocidentais, após Donald Trump aprovar as primeiras sanções antirrussas do seu segundo mandato.
Moscovo "encontra sempre uma forma" de se adaptar a sanções que procuram "pôr a Rússia de joelhos", disse Alexey Overchuk, vice-primeiro-ministro russo, à imprensa russa a partir de Kuala Lumpur.
Overchuk, que chefia a delegação russa na cimeira de líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), avisou que "com a Rússia não se pode falar numa linguagem de ameaças, de sanções".
"Por algum motivo, tentam sempre pôr-nos de joelhos, mas não aprendem que nunca o conseguiram e nunca o conseguirão", assegurou.
Overchuk denunciou que as tarifas norte-americanas afetaram de forma especialmente severa os países da ASEAN, e adiantou que prevê reunir-se na capital da Malásia com os primeiros-ministros do país anfitrião, do Vietname e do Camboja.
Após o cancelamento da cimeira russo-americana em Budapeste, devido à recusa de Moscovo em aceitar um cessar-fogo na Ucrânia, Trump aprovou, na semana passada, sanções contra as duas principais petrolíferas russas, Lukoil e Rosneft, que representam metade das exportações russas e mais de 5% do total mundial.
O Presidente russo, Vladimir Putin, classificou-as como um "ato hostil", mas negou que elas tenham um impacto significativo na economia, ao que Trump respondeu: "Veremos em seis meses."
A imprensa apontou que a China e a Índia suspenderão as importações de petróleo russo por receio de sanções secundárias e o Banco Central russo já reduziu as previsões de crescimento para o último trimestre do ano.
