O Presidente venezuelano recebeu uma chamada de Vladimir Putin, onde o líder russo manifestou o apoio total da Rússia ao regime vigente no país.
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Nicolás Maduro chegou 90 minutos atrasado à cerimónia de abertura do ano judicial em Caracas porque esteve ao telefone com o Presidente russo.
Na conversa, Vladimir Putin deixou claro o seu "incondicional apoio" ao mandato do homólogo venezuelano, depois de nesta quarta-feira o presidente da Assembleia Nacional ter-se autoproclamado Presidente interino da Venezuela. "O Presidente Putin está com o povo, a pátria da Venezuela", garantiu.
O ministro da Defesa e os juízes declaram lealdade à Constituição e ao Presidente Nicolás Maduro, alertando ser "muito perigosa" a instalação de um governo paralelo no país.
"As Forças Armadas Bolivarianas (FAV) sempre têm estado apegadas às leis. É muito perigoso que propiciem esta figura do governo de facto, paralelo", disse o general Vladimir Padrino López num comunicado público que fez através da televisão estatal.
Na cerimónia de abertura do ano judicial na Venezuela, Nicolás Maduro rejeitou a ideia dos Estados Unidos, mais concretamente de Donald Trump, "que quer levar a cabo um golpe de Estado na Venezuela."
A crise política na Venezuela agravou-se na quarta-feira depois de, perante milhões de venezuelanos, Juan Guaidó ter-se declarado presidente interino do país. O jovem político, pouco conhecido até ter tomado posse no ínicio de janeiro, teve logo o reconhecimento dos Estados Unidos e da maioria dos estados americanos.