A Comissão Eleitoral Central da Rússia registou um aumento significativo da afluência às urnas em comparação com eleições anteriores.
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Segundo os últimos dados publicados, 15,3 por cento dos eleitores inscritos tinham votado às 12:00 de Moscovo (08:00 de Lisboa), ou seja, três vezes mais do que nas parlamentares de 04 dezembro.
A organização não-governamental Golos (Voz) anunciou que a quantidade de informações sobre fraudes é semelhante à registada nas eleições parlamentares de 04 de dezembro, cujos resultados foram fortemente contestados pela oposição.
«As informações são inesperadamente muitas. Depois de terem sido ditas muitas palavras sobre a vontade de garantir eleições livres, o número de queixas é muito. A quantidade é praticamente a mesma registada nas parlamentares», declarou Andrei Buzin, dirigente dessa ONG.
Buzin acrescentou que a grande quantidade de mesas de voto temporárias e os pedidos de votação domiciliária provoca sérios receios.
«Recebemos muitas informações de que se formam muitas mesas de voto temporárias, ou seja, mesas nas empresas em que foi decretado dia de trabalho e os empregados votam sob o controlo dos chefes», precisou.
Alexandre Brod, dirigente da organização não governamental Grajdanski Kontrol (Controle Cívico), considera que o escrutínio está a decorrer «dentro da normalidade», mas acrescenta que também tem recebido informações de fraudes.
Entretanto, o primeiro-ministro e candidato a Presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que espera uma boa afluência às urnas no escrutínio presidencial e está confiante na responsabilidade das pessoas.
Já o líder ultranacionalista Vladimir Jirinovski disse esperar que o escrutínio seja limpo e transparente.