A Rússia iniciou esta quarta-feira ataques aéreos na Síria. A informação é avançada por oficiais norte-americanos. Os russos pediram aos EUA que retirem os aviões dos céus da Síria, mas os americanos recusaram.
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Poucas horas depois da aprovação no parlamento de Moscovo, os aviões russos estão a fazer os primeiros ataques na Síria. A informação é avançada à CNN por oficiais norte-americanos que adiantam que a administração de Barack Obama foi avisada uma hora antes do ataque.
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O aviso foi entregue por um destacamento militar russo na embaixada dos Estados Unidos em Bagdade, no Iraque, mas num primeiro momento as forças norte-americanas não ficaram a saber em que parte do território sírio iriam acontecer.
Sabe-se agora que foi na cidade de Homs, a cidade bastião da revolta contra o regime de Damasco. Os oficiais norte-americanos concluem que o alvo não foi o auto proclamado Estado Islâmico que não atua naquela zona.
No entanto, o chefe da administração presidencial russa, Sergueï Ivanov, já explicou que foi o presidente sírio que pediu "ajuda militar" a Moscovo e garantiu que essa ajuda militar será exclusivamente para ajudar Damasco "no combate aos terroristas do Estado Islâmico."
Há também a informação de que os russos exigiram aos norte-americanos que retirem os aviões do espaço aéreo sírio, alegando que os ataques aéreos que estão a fazer na Síria são ilegais, não têm qualquer resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas enquanto os ataques aéreos russos estão a ser feitos a pedido do presidente sírio Bashar al-Assad.
Vladimir Putin, em declarações que estão a ser citadas pela Reuters, reafirma que o apoio militar a Assad é temporário, vai ser feito apenas com ataques aéreos e não há tropas terrestres. Insiste ainda que é necessário um esforço conjunto da comunidade internacional para combater o terrorismo, receando que se o terrorismo vencer na Síria chegue as portas da Rússia.