Em comunicado, o Kremlin entende que a declaração de cessar-fogo por parte o governo ucraniano não parecia incluir uma proposta de diálogo.
Corpo do artigo
A Rússia considerou que o cessar-fogo anunciado esta sexta-feira pelo governo ucraniano não passa de um ultimato contra os separatistas pró-russos do leste da Ucrânia.
Em comunicado, o Kremlin disse que iria analisar a proposta de paz de uma semana do presidente Petro Poroshenko, mas disse que esta declaração não parecia incluir uma proposta de diálogo.
«Este não é um convite para a paz e negociações, mas um ultimato para as milícias deporem as armas. Há um elemento maior em falta: a proposta para começar as negociações», adiantou o governo russo nesta nota.
Num outro comunicado, o ministério russo dos Negócios Estrangeiros explicou que o ataque a um "checkpoint" na fronteira com a Ucrânia, que provocou um ferido colocava em causa a declaração de cessar-fogo do governo de Kiev.
Antes, Poroshenko tinha declarado um cessar-fogo entre 20 e 27 de junho, período «mais do que suficiente para iniciar o processo de desarmamento e começar a criar uma zona tampão ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia».