Moscovo defendeu esta segunda-feira que "as sanções não são um instrumento aceitável nem adequado" para resolver problemas.
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O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia lamenta o endurecimento das sanções norte-americanas contra o Irão. "Lamentamos que as coisas sejam assim", disse o número dois da diplomacia russa à agência de notícias Interfax.
Serguéi Riabkov sublinhou que a Rússia defendeu sempre que "as sanções não são um instrumento aceitável nem adequado" para resolver problemas.
O Governo norte-americano impôs na sexta-feira sanções económicas a "várias pessoas e entidades" do Irão em resposta ao teste de um míssil de médio alcance realizado por Teerão.
"O contínuo apoio do Irão ao terrorismo e o desenvolvimento do seu programa de mísseis balísticos constitui uma ameaça à região, aos nossos parceiros em todo o Mundo e aos Estados Unidos", explicou em comunicado o diretor interino do Gabinete de Controlo dos Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro norte-americano, John Smith.
No dia 29 de janeiro, o Irão realizou um teste de um míssil de médio alcance, que explodiu após ter percorrido cerca de mil quilómetros, o que levantou alertas nos EUA.
Na manhã de sexta-feira, ainda antes ter sido oficialmente confirmada a aplicação das sanções, o Presidente norte-americano, Donald Trump, alertou na rede social Twitter que o Irão estava "a brincar com o fogo". Para os Estados Unidos, o ensaio viola a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que exorta o Irão a não testar mísseis capazes de transportar uma arma nuclear.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Bahram Ghasemi considerou as acusações "sem fundamento, repetitivas e provocadoras".
O Irão confirma o teste de um míssil balístico, mas argumenta que não violou os termos do acordo nuclear nem a resolução da ONU, porque o míssil tem objetivos exclusivamente defensivos e não pode transportar ogivas nucleares.