
epa06735947 Russian Foreign Minister Sergei Lavrov attends a press conference with Egyptian Foreign Minister Sameh Shoukry during their meeting in Moscow, Russia, 14 May 2018. Media reports state that Sergei Lavrov and Sameh Shoukry discussed Iran's nuclear program, the regional crisis and bilateral relations. EPA/SERGEI ILNITSKY
Sergei Ilnitsky/EPA
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo considera que as declarações que implicam Moscovo no ataque ao voo da Malaysia Airlines "são infudadas".
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O Governo russo lamentou esta quarta-feira as conclusões apresentadas por uma investigação internacional que apontam para o envolvimento de russos na queda do avião do voo MH17 da Malaysia Airlines, em 2014, dizendo que procuram desacreditar a Rússia.
Uma comissão internacional apontou hoje três russos e um ucraniano, todos separatistas pró-russos, como responsáveis pelo ataque com um míssil que, em 17 de julho de 2014, matou os 283 passageiros (196 deles de naturalidade holandesa) e 15 tripulantes do voo MH17 da Malaysia Airlines, na zona de conflito armado no leste da Ucrânia, quando viajava entre Amesterdão e Kuala Lumpur.
"As declarações feitas (pela comissão) sobre o suposto envolvimento de militares russos na queda do Boeing MH17 da Malaysia Airlines são lamentáveis", afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.
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"Mais uma vez, acusações completamente infundadas são feitas contra a Rússia, procurando desacreditar a Rússia aos olhos da comunidade internacional", disse Lavrov.
A Rússia tem negado qualquer envolvimento no ataque, culpando Kiev pela queda do avião, afirmando que o míssil encontrado nos escombros do acidente pertence aos arsenais do exército ucraniano.
Os quatro arguidos deverão ser julgados na Holanda, em 2020, mesmo que à revelia, já que a Constituição da Rússia e da Ucrânia impedem a extradição dos seus cidadãos.
Hoje, o Governo ucraniano pediu a Moscovo para assumir responsabilidades pelo ataque e para colaborar com a investigação que está a ser desenvolvida por um grupo internacional liderado pela Holanda.
Nos últimos meses, e após as revelações dos investigadores sobre a origem russa do míssil, a União Europeia e a NATO pediram a Moscovo para reconhecer a sua responsabilidade no ataque.
Em julho, líderes do G7 também instaram a Rússia a "reconhecer o seu papel" no caso, dizendo que a investigação apresentou a conclusões "convincentes" e "profundamente preocupantes" sobre o seu envolvimento.