A Rússia garante que a resposta vai ser dolorosa para os americanos, depois dos Estados Unidos e a União Europeia terem aprovado sanções adicionais a Moscovo.
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A Rússia prometeu hoje dar uma resposta «dolorosa» às novas sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra sete responsáveis políticos e 17 empresas russas pelo envolvimento de Moscovo na crise na Ucrânia.
«Vamos responder, com certeza», afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, citado pelas agências russas.
«Estamos certos de que essa resposta terá um efeito doloroso para Washington», acrescentou.
Nos Estados Unidos, as sanções foram alargadas a sete novos responsáveis e 17 empresas russas com ligações ao círculo mais próximo do presidente russo, Vladimir Putin.
Washington decidiu também tornar mais rigorosos os critérios para a emissão de licenças de exportação de produtos de alta tecnologia de uso militar, segundo um comunicado divulgado em Manila, onde o presidente, Barack Obama, está em visita oficial.
«Os Estados Unidos tomaram novas medidas hoje em resposta à intervenção ilegal da Rússia na Ucrânia e aos atos provocatórios que debilitam a democracia ucraniana e ameaçam a sua paz, segurança, estabilidade, soberania e integridade territorial», lê-se no texto.
«O envolvimento da Rússia nos recentes atos de violência no leste da Ucrânia é inquestionável», acrescenta o texto, sustentando que a Rússia nada fez para aplicar o acordo assinado com a Ucrânia, a UE e os Estados Unidos em Genebra.
As sanções norte-americanas, que se sucedem a um primeiro conjunto decidido no início de março, visam entre outros responsáveis Oleg Belantsev, nomeado em março enviado do presidente Vladimir Putin para a Crimeia, Dmitri Kozak, vice-primeiro-ministro, e Serguei Chemezov, diretor do programa estatal de produção e exportação de tecnologia.
Na UE, segundo fontes diplomáticas citadas por agências internacionais, 15 nomes de responsáveis russos e ucranianos foram adicionados à lista de mais de 50 personalidades impedidas de obter vistos para território europeu e sujeitas ao congelamento de bens que tenham em países europeus.
A decisão foi tomada ao nível dos embaixadores dos 28 junto da UE, numa reunião extraordinária, e os novos nomes da lista serão publicados no jornal oficial da UE, em princípio na terça-feira.