Os russos impediram cidadãos norte-americanos de adotarem crianças da Rússia. Os EUA tinham feito o mesmo.
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O caso que formalmente serviu de pretexto à Russia foi o de uma criança, um rapaz chamado Dima Iakovlev, que vivia nos Estados Unidos.
Tinha sido adoptado por um casal de norte americanos, em 2008, e morreu porque o pai esqueceu-se do filho dentro do carro. A criança acabou por morrer por causa do calor, desidratada.
Dima Iakovlev é agora o nome que batiza esta lei russa, a nova Lei Anti-Adopção.
Mas se oficialmente é o caso desta criança que justifica a iniciativa legislativa de Moscovo, no fundo, esta é uma resposta a outra lei, que foi aprovada pelos Estados Unidos.
A Lei, chamada Magnitsky, passou discretamente nos Estados Unidos e foi assinada no início do mês pelo Presidente Obama, depois de ter sido votada pelo senado norte-americano.
É uma lei que defende que nenhuma criança norte-americana pode ser adoptada por cidadãos russo que estejam envolvidos em casos de desrespeito pelos direitos humanos.
Moscovo interpretou esta lei como uma afronta.
Nos últimos três anos havia mais de 14 mil crianças russas inscritas nos programas para adopção. Cerca de um terço, ou seja mais de cinco mil, foram adoptadas por casais norte americanos.