As negociações entre Chipre e a Rússia não tiveram sucesso por falta de interesse das empresas russas nas propostas apresentadas, disse hoje o ministro das Finanças russo.
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«Os nossos investidores analisaram esta questão e não revelaram interesse», disse o ministro russo, Anton Siluanov, citado pelas agências noticiosas do país.
O ministro das Finanças cipriota, Michalis Sarris, deslocou-se na terça-feira à Rússia para conseguir que as condições do empréstimo de 2,5 mil milhões de euros, acordado por Moscovo a Nicósia em 2011, fossem aliviadas, e tinha proposto aos russos investimentos nos setores bancário e energético em troca de ajuda.
O ministro russo acrescentou que Moscovo «aguarda uma decisão» dos doadores de fundos internacionais à ilha para decidir a sua «participação numa reestruturação da dívida».
Hoje o parlamento cipriota vota duas propostas que visam criar um fundo de solidarieddae nacional e impôr medidas restritivas ao movimento de capitais para prevenir uma corrida aos bancos quando estes reabrirem na próxima terça-feira.
O fundo a ser criado tem como objetivo angaraiar os seis mil milhões de euros exigidos por Bruxelas como condição prévia ao empréstimo de 10 mil milhões de euros.
O ministro alemão das Finanças diz hoje numa entrevista a um jornal grego que o sistema financeiro cipriota também terá de participar na solução para a atual crise. Se isso não acontecer, Wolfgang Schauble teme que Chipre acabe por colapsar, esmagado pela dimensão da divida pública.