A Rússia negou que tenha atacado o aeroporto internacional de Tbilissi, tendo os ruusos considerado que esta foi «desinformação vinda do lado georgiano». Entretanto, o chefe da diplomacia russa disse que Mikheil Saakashvili já não é visto pela Rússia como parceiro.
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As autoridades russas negaram ter bombardeado o aeroporto internacional de Tbilisi, tendo o ministério russo da Defesa, considerado que as notícias que surgiram a esse respeito «são desinformação vinda da parte georgiana».
Citado pela agência russa Interfax, um representante deste ministério considerou que esta desinformação «tem o objectivo de induzir em erro a comunidade internacional sobre os eventos em curso na Ossétia do Sul».
Entretanto, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros considerou que o presidente georgiano já não é visto pela Rússia como um parceiro, muito embora entenda que a sua saída não é necessária para resolução do conflito.
«Um homem que dá ordens para que se cometam crimes de guerra que resultaram em milhares de mortes de civis pacíficos não pode ser vista pela Rússia como parceiro», afirmou Sergei Lavrov.
O chefe da diplomacia russa indicou ainda que a saída das tropas georgianas da Ossétia do Sul e a assinatura de um acordo que preveja o não uso da força será o suficiente para que a paz regresse ao território.
Lavrov respondia assim a relatos que indicavam que o chefe da diplomacia russa ter colocado como condição para a resolução da crise na Ossétia do Sul a saída do poder de Mikheil Saakashvili.
Este ministro falou, este domingo, com a secretária de Estado norte-americana, tendo Lavrov explicado a Condoleezza Rice que as operações russas apenas tentavam «levar a parte georgiana à paz».