Rússia revela identidade dos presumíveis autores dos ataques suicidas de dezembro
Os serviços de segurança russos divulgaram hoje o nome dos dois presumíveis autores dos atentados suicidas de Volgogrado, no sul da Rússia, que fizeram 34 mortos em dezembro último, e anunciaram a detenção de dois outros suspeitos.
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Num comunicado enviado às agências noticiosas russas, uma semana antes do arranque dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, perto de Volgogrado (cerca de 900 quilómetros a sul de Moscovo), o Comité nacional antiterrorista (NAK) identificou os autores dos atentados de 29 e 30 de dezembro como Asker Samedov e Souleiman Magomedov.
«Os seus nomes não foram divulgados antes no interesse da investigação», sublinhou o comité, precisando que os dois indivíduos faziam parte de um grupo extremista do Daguestão, república instável do Norte do Cáucaso russo.
Um 'site' jihadista, vdagestan.com, divulgou um vídeo sem data que é apresentado como uma mensagem de despedida dos dois presumíveis suicidas. Os dois indivíduos são apresentados como Souleiman e Abdourakhman.
No vídeo, os dois homens avisam que estão a preparar um "presente" para o Presidente russo Vladimir Putin e os turistas de Sotchi, uma estância junto do Mar Negro e das montanhas do Cáucaso.
A proximidade de Sotchi, que acolhe os Jogos Olímpicos de Inverno entre 07 a 21 de fevereiro, com as repúblicas instáveis do Norte do Cáucaso tem levantado várias preocupações e desencadeou medidas de segurança sem precedentes.
O comité antiterrorista também informou hoje que dois irmãos suspeitos de terem ajudado os suicidas foram detidos na quarta-feira na república do Daguestão.
«Os irmãos Magomednabi e Taguir Batirovy, que participaram no transporte dos suicidas para Volgogrado, foram detidos», indicou o organismo.
Os rebeldes do Cáucaso do Norte querem instaurar um Estado islâmico nesta região e prometeram perturbar a competição desportiva mundial.
Grupos de defesa dos direitos humanos advertiram entretanto que o forte dispositivo de segurança instalado naquela zona, que já envolveu detenções em massa de muçulmanos, só irá agravar a situação.