O presidente norte-americano disse, esta segunda-feira, que a Rússia tem de abandonar a sua ofensiva militar na Geórgia e acusou Moscovo de querer derrubar o executivo georgiano. Bush alertou ainda para a hipótese das forças russas bombardearem o aeroporto de Tbilissi.
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O presidente George W. Bush afirmou, esta segunda-feira, que a Rússia tem de abandonar a sua ofensiva militar na Geórgia e «respeitar a integridade e sobriedade» do regime político georgiano, considerando a intervenção russa «inaceitável».
Numa declaração de dois minutos proferida na Casa Branca, o presidente norte-americano acusou o executivo de Moscovo de querer derrubar o governo «democraticamente eleito» da Geórgia e questionou ainda as «intenções» do Kremlin na «região».
George W. Bush alertou também que o conflito na Geórgia afecta seriamente as relações russas com a Europa e com os Estados Unidos.
O chefe de Estado norte-americano alertou ainda para a possibilidade das forças russas começarem em breve «a bombardear o aeroporto civil na capital», acrescentando, que se tal vier a acontecer, representará uma «escalada brutal e dramática» de violência no conflito da Geórgia.
Ouvido pela TSF, Miguel Monjardino, especialista em Assuntos Internacionais, disse que o presidente dos Estados Unidos decidiu fazer esta declaração por sentir que a «Rússia pode estar tentada a avançar bastante mais do que se esperava».
Na opinião do especialista, é improvável que Washington envie apoio militar para a Geórgia, país aliado dos EUA no Iraque, tendo em conta que tal seria «extraordinariamente perigoso».
Miguel Monjardino alertou ainda que o avanço russo constitui um «momento muito importante na arquitectura de segurança europeia» e também de reflexão na UE, já que Moscovo está a provar que vai «defender os seus interesses geopolíticos doa a quem doer».