Rutte admite reforço do apoio à Ucrânia, Costa e Ursula prometem sanções contra Rússia
A cimeira da NATO arranca com promessas de apoio reforçado a Kiev e nova vaga de sanções contra Moscovo
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O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, assegurou, esta terça-feira, à entrada para a cimeira da Aliança Atlântica, em Haia, que os aliados vão manter e até reforçar o apoio à Ucrânia, tanto do ponto de vista político como financeiro. A falar ao lado do secretário-geral da NATO, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu o apoio e sublinhou a importância da ajuda militar ocidental.
“No ano passado, no total anual, foi [entregue ajuda equivalente a] mais de 50 mil milhões de euros. Agora, antes de 1 de julho, já são 35 mil milhões. Portanto, podemos assumir com segurança que, no total do ano, será mais do que no ano passado”, sublinhou o secretário-geral da NATO.
Mark Rutte adiantou também que é esperado um sinal de apoio político a Kiev, que ficará expresso na declaração final da cimeira: “Não posso divulgar nada sobre a declaração da cimeira. Mas podemos assumir com segurança que, na declaração da cimeira, haverá linguagem importante sobre a Ucrânia e o apoio à Ucrânia, também do ponto de vista financeiro, no futuro.”
Zelensky agradeceu aos aliados o esforço e a solidariedade, considerando que “são sinais muito importantes”. “Estou grato pela nossa forte amizade e com todos os aliados”, afirmou, frisando, ainda assim, que o país continua a necessitar de reforço nas capacidades de defesa.
“Ainda precisamos de defesa aérea e continuamos a ter apoio nesta área por parte dos parceiros, e contamos verdadeiramente com a continuação [desse apoio], na co-produção e no grande apoio militar de que falou [o secretário-geral]. Obrigado. Muito obrigado. Pelos 35 mil milhões adicionais”, afirmou.
À chegada à cimeira o presidente do Conselho Europeu, António Costa disse estar “profundamente desiludido por a Rússia não estar a colaborar com os esforços do Presidente Trump para alcançar uma paz justa e duradoura”, ao mesmo tempo que, por outro lado “o Presidente Zelensky já aceitou um cessar-fogo incondicional”.
“A Rússia não só não concorda, como está mesmo a intensificar a sua agressão contra a Ucrânia”, lamentou António Costa garantindo que a União Europeia continuará a apoiar Kiev e “a manter a pressão sobre a Rússia através de sanções”. Costa afirmou que “o 18.º pacote de sanções está em preparação”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou ao aumento da pressão sobre o Kremlin “para que Vladimir Putin se sente à mesa das negociações e participe de forma séria em negociações por uma paz justa e duradoura”, declarou.
Von der Leyen confirmou que o próximo pacote de sanções será particularmente “duro” e “severo”. “Sei que os nossos amigos do G7 seguirão o mesmo caminho com as suas próprias sanções”, afirmou Von der Leyen, afirmando diretamente para Volodymyr Zelensky que “tudo isto demonstra que está entre amigos e pode contar connosco. Estamos ao seu lado”.