Pedro Sánchez quer visitar os agentes feridos durante a manifestação e escreveu ao líder da Generalitat que o "dever de qualquer governante é assegurar a segurança dos cidadãos".
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O anúncio foi inesperado. O presidente do Governo espanhol revelou esta manhã que viajará para a Catalunha para visitar os "agentes feridos nos distúrbios violentos", e remeteu uma carta a Quim Torra, na qual o insta a cumprir as "obrigações" que lhe competem enquanto governante.
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Condenar a violência, apoiar as forças de segurança e evitar um ambiente de guerra civil. Pedro Sánchez escreve mesmo ao presidente da Generalitat que o "dever de qualquer governante é assegurar a segurança dos cidadãos e preservar uma convivência pacífica". "A sua conduta tem sido precisamente a oposta nos últimos dias", diz Sánchez a Torra na missiva , de acordo com o que reporta o El País .
O presidente do Governo espanhol dirige três críticas a Quim Torra: primeiro, evitou condenar de forma inequívoca os protestos violentos em diversos pontos da Catalunha , alguns mesmo à porta da sede do governo de Madrid em Barcelona; em segundo lugar, virou as costas aos moços de esquadra e à policia nacional,
que protegeram a ordem pública com grande profissionalismo e correndo graves riscos.
Além disso, o presidente da Generalitat, de acordo com Sánchez, ignorou mais de metade da população catalã, que não partilha das ideias de Torra, não se comportando, por isso, como o presidente de todos os catalães.
Sánchez termina esta carta lembrando a Quim Torra que estas são as três obrigações que um governante tem de respeitar se quer representar a comunidade de uma forma digna.
O presidente do governo regional da Catalunha já respondeu (em apenas duas horas) a Pedro Sánchez e expressou que quer ter uma conversa com o presidente do Governo espanhol ainda esta segunda-feira.
Na resposta, Quim Torra volta a convidar Sánchez para um encontro, aproveitando a viagem a Barcelona. O presidente do governo da Catalunha aponta também três deveres de um governante.
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O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, informou este domingo que 288 agentes sofreram ferimentos durante os distúrbios e 194 pessoas foram detidas, das quais 18 foram mesmo encaminhadas à prisão.