
Ministro Augusto Santos Silva
Ana António/TSF
O ministro dos Negócios Estrangeiros esteve esta quinta-feira, em direto, na Manhã TSF, para comentar a eleição histórica de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas.
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"É uma vitória das Nações Unidas em primeiro lugar, é também uma vitória portuguesa e é, sobretudo, uma grande vitória pessoal do engenheiro António Guterres", começou por afirmar Augusto Santos Silva nos estúdios da TSF.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), a escolha de António Guterres é ainda uma vitória da União Europeia (UE). Santos Silva desvaloriza o papel da UE, como um bloco de países na eleição do líder da ONU, mas o facto de António Guterres ser um europeu também faz da UE vencedora neste processo.
"A União Europeia tem também aqui uma vitória, porque tinha uns cinco ou seis candidatos e o vencedor é de um país da União Europeia e é um europeísta", sublinha.
Augusto Santos Silva destaca que "uma das artes desta campanha foi deixar o espaço para os países poderem gerir os seus próprios interesses e posicionamentos. Por exemplo, a Rússia foi muito clara desde o início no que nos disse e, aliás, foi o que disse sempre publicamente: um, que a sua preferência ia para uma candidatura da Europa de Leste; dois, que entendia que Guterres era um excelente candidato e portanto não hostilizava a sua candidatura".
Outra das características fundamentais da candidatura, considera o MNE, "foi a independência (...) e também a independência perante qualquer manobra de bastidor ou qualquer aceitação ou promessa que atasse o candidato. Portanto, o engenheiro António Guterres agora tem todas as condições para constituir a sua equipa".
Esta tarde, após a reunião do Conselho de Segurança para formalizar a eleição de António Guterres, o antigo primeiro-ministro faz uma declaração no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.