O ex-Presidente francês quer receber os refugiados apenas enquanto se mantiver o conflito no país de origem. Sarkozy é contra as quotas.
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Numa entrevista publicada pelo jornal Le Figaro, Sarkosy pede também a suspensão da livre circulação no interior do espaço Schengen para os não europeus, com o restabelecimento dos controlos fronteiriços, enquanto não se estabelece um novo acordo sobre as regras que, a seu ver, devem ser mudadas.
O ex-presidente francês defende que "as quotas não são aceitáveis antes da adoção de uma política migratória comum", já que significam "aceitar estrangeiros que não correspondem aos critérios que fixámos para entrarem" em França.
O antigo Presidente recordou a sua posição, a de que "a França não tem capacidade para acolher imigrantes económicos, a não ser de forma extremamente limitada". No entanto, no caso dos refugiados políticos, diz, é preciso continuar a aceitá-los em nome da "tradição humanista" do seu país.
Sarkozy considera que a União Europeia deve criar centros fora do espaço Schengen, com dinheiro europeu, para gerir, a partir daí, os pedidos de asilo político e de refugiado de guerra, de modo a "proteger a integridade física de todos esses desgraçados" que arriscam a vida para atravessar o Mediterrâneo.