O Presidente francês prometeu reprimir a doutrinação extremista, após o assassínio de sete pessoas por um autoproclamado militante islâmico morto, esta quinta-feira, em Toulouse.
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Sarkozy defendeu a criação de medidas penais contra pessoas que consultam regularmente "sites" radicais ou viajam para o estrangeiro para serem doutrinadas e também para acabar com a situação das prisões francesas poderem ser terreno fértil para o extremismo.
O presumível autor dos atentados de Toulouse e Montauban (sudoeste), morto hoje, declarou ser da al-Qaeda e tinha viajado para o Afeganistão e para o Paquistão.
«A partir de agora, qualquer pessoa que consulte "sites" da Internet que fazem a apologia do terrorismo ou que apelam à violência será punido legalmente», disse Sarkozy numa declaração no palácio do Eliseu.
«Qualquer pessoa que se desloque ao estrangeiro para acompanhar o trabalho de doutrinação das ideologias que levam ao terrorismo, será punido criminalmente», disse ainda.
O Presidente francês adiantou ter pedido, juntamente com o primeiro-ministro, François Fillon, ao ministro da Justiça para conduzir «uma reflexão profunda sobre a propagação daquelas ideologias no meio prisional».
Sarkozy apelou, por outro lado, aos franceses para não fazerem «qualquer confusão».
«Os nossos compatriotas muçulmanos não têm nada a ver com as motivações de um terrorista louco», insistiu.
«Não se deve fazer qualquer confusão. Antes de tomar como alvo crianças judias, o atirador disparou à queima-roupa sobre muçulmanos», lembrou.
O suspeito Mohamed Merah foi morto hoje a tiro pela polícia quando saltou por uma janela do seu apartamento, durante o tiroteio que pôs fim a um cerco de 32 horas.