Os satélites de observação da Terra de vários países foram mobilizados para tentar localizar o avião da Malaysia Airlines, aparelho que transportava 239 pessoas e que está desaparecido desde sábado, segundo o organismo que centraliza esta operação.
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A mobilização dos satélites internacionais para casos de emergência está prevista na Carta Internacional sobre o Espaço e as Grandes Catástrofes, um protocolo lançado em 2000 pelas agências espaciais europeia (ESA) e francesa (CNES).
Ao abrigo deste protocolo, e em caso de situações de urgência, os 15 signatários, que incluem a União Europeia (UE), Estados Unidos, Japão, China ou a Índia colocam os respetivos satélites à disposição das operações de socorro.
De acordo com a página na Internet do organismo que centraliza esta operação, que tem o mesmo nome do protocolo, a China, através da sua agência meteorológica nacional, foi a responsável pela ativação do dispositivo.
Afastados temporariamente das suas funções regulares (observação meteorológica, vigilância das condições ambientais, entre outras), os satélites podem fornecer, gratuitamente e de forma muito rápida, imagens de uma região afetada por uma catástrofe natural ou onde ocorreu um acidente.
"As imagens dos satélites estão a ser utilizadas para encontrar vestígios do aparelho, antes e depois do seu desaparecimento", explicou o organismo.
Este protocolo já foi ativado por diversas ocasiões, principalmente para organizar as operações de socorro após catástrofes naturais (inundações, tsunamis, ciclones, sismos).
Um desses exemplos foi o sismo no Haiti, em janeiro de 2010, e mais recentemente o tufão que devastou as Filipinas, em novembro de 2013, e as inundações registadas no Reino Unido no início deste ano.
O aparelho Boeing 777-200, da Malaysia Airlines, desapareceu sobre o Golfo da Tailândia, quando fazia o voo entre as capitais da Malásia e da China, Kuala Lumpur e Pequim, respetivamente.
Segundo a companhia aérea Malaysia Airlines, o aparelho não enviou qualquer sinal de socorro.