O presidente do Parlamento Europeu anunciou o adeus, dizendo que no próximo ano será cabeça de lista do seu partido, o SPD, ao Bundestag, o parlamento alemão.
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Martin Schulz confirmou esta quinta-feira, numa declaração em Bruxelas, que não vai candidatar-se a um terceiro mandato para liderar o Parlamento Europeu.
O alemão admite que não foi uma decisão fácil, mas agradece a oportunidade, sublinhando que, sendo a Alemanha o maior Estado da União Europeia, tem especial responsabilidade no futuro do projeto europeu.
"Não foi uma decisão fácil. Foi uma honra ter sido presidente do Parlamento Europeu e estou muito grato pela oportunidade. Ao longo deste tempo no Parlamento Europeu, quer como eurodeputado, quer como presidente do grupo socialista ou como presidente. Esforcei-me para aumentar a credibilidade e a visibilidade das políticas europeias e a influência do Parlamento Europeu".
Schulz tem 60 anos e está desde 2012 à frente do Parlamento Europeu.
"O meu compromisso com o projeto europeu é inquestionável. A partir de agora vou lutar por este projeto ao nível nacional. Mas os meus valores não mudaram. Vou continuar a dar o meu melhor para melhorar a vida das pessoas e para limitar as desigualdades. Só fazendo isso será possível recuperar a confiança perdida. A Alemanha, em particular como o maior Estado da União, tem uma especial responsabilidade que até agora tentei fazer cumprir como membro alemão do Parlamento Europeu e no futuro tentarei cumprir a partir de Berlim".