O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, reconheceu hoje que a rede Al-Qaida tem avançado no terreno no Iémen, prometendo que Washington irá continuar a combater o grupo extremista não obstante o atual caos no país.
Corpo do artigo
«Vimos grandes progressos no terreno», disse Carter, em Tóquio, onde se encontra no âmbito de uma visita à Ásia que o vai levar à Coreia do Sul.
A Al-Qaida na Península Arábica (Aqpa) representa «há muito tempo uma ameaça grave para o Ocidente, incluindo para os Estados Unidos, que continuaremos a combater», disse Carter, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo japonês, Gen Nakatani.
«Claro que é sempre mais fácil realizar operações de antiterrorismo quando há um governo estável, que aceita cooperar», afirmou, sublinhando que estas não devem, porém, ser interrompidas pelo facto de as referidas circunstâncias não existirem no Iémen.
«Devemos fazê-las de uma outra maneira e vamos fazê-las», frisou, indicando que espera que «a ordem seja restaurada no Iémen», não só para que «seja mais fácil atingir a Aqpa, mas também para acabar com o sofrimento da população».
No passado final de semana, a Aqpa, braço mais perigoso da rede extremista sunita, tomou o quartel-general do exército e o porto de Moukalla, no sudoeste.
Os Estados Unidos apoiam a coligação liderada pela Arábia Saudita que lançou ataques aéreos a 26 de março para travar o avanço dos rebeldes 'Huthis' e das forças aliadas do antigo Presidente Ali Abdallah Saleh, e apoiam o atual, Abd Rabbo Mansur Hadi.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou, esta terça-feira, que pelo menos 540 pessoas foram mortas e 1.700 outras feridas no Iémen desde o passado dia 19 de março.