Numa entrevista a um jornal francês, Rasmussen comprometeu-se a encorajar os países da NATO a aumentarem os seus investimentos em defesa e lembrou que, nos últimos anos, enquanto Moscovo aumentou em 50% os gastos na defesa, os países da NATO cortaram em 20%.
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O secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen, disse que «a agressão russa» contra a Ucrânia justifica a preparação de «novos planos de defesa» para a Europa, numa entrevista publicada hoje pelo jornal francês Midi Libre.
«Vamos reforçar os exercícios militares e preparar novos planos de defesa. A agressão russa foi um sinal de alarme e criou uma nova situação na segurança na Europa», disse Rasmussen.
O dirigente da NATO lamentou que os dirigentes russos vejam «a NATO como um adversário», porque considerou ser necessário «desenvolver uma cooperação frutuosa entre o Ocidente e a Rússia».
«É preocupante, porque eu acho que a ambição do presidente Putin é estabelecer uma esfera de influência nos países vizinhos. Vou encorajar os países da NATO a aumentarem os seus investimentos em defesa. Durante os últimos cinco anos, a Rússia tem aumentado os seus gastos na defesa em 50%, os países da NATO reduziram os seus em 20%, em média. Isso não é sustentável. É preciso inverter esta tendência», acrescentou.
As declarações de Rasmussen fazem eco de afirmações do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que no sábado defendeu que a NATO deve repensar o seu «relacionamento a longo prazo» com a Rússia e reforçar a sua capacidade de responder rapidamente a qualquer ameaça, numa carta enviada ao Secretário-Geral da NATO e aos outros líderes dos 27 países-membros da organização.