A cidade de Chemnitz voltou a ser palco de uma manifestação nazi depois da morte de um alemão alegadamente assassinado por emigrantes. Pelo menos seis pessoas ficaram feridas.
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De um lado, dois mil apoiantes da extrema-direita. Do outro, cerca de mil simpatizantes da extrema-esquerda. Entre gritos, saudações a Hitler, algumas pessoas de cara tapada, os manifestantes juntaram-se em frente a uma estátua gigante de Karl Marx, em Chemnitz, uma cidade da Saxónia, na antiga Alemanha de Leste.
Do lado da extrema-direita, pediram a saída de Angela Merkel, o fim do fluxo de requerentes de asilo e que a Alemanha seja dos alemães, enquanto os radicais à esquerda contam que ficaram assustados com as imagens das perseguições às pessoas que têm um ar estrangeiro. Os jornais internacionais falam numa "caça coletiva", uma "caça ao emigrante", na segunda noite consecutiva de manifestações.
Pelo menos seis pessoas ficaram feridas no protesto.
Tudo começou no domingo, depois da morte de um alemão de 35 anos, esfaqueado alegadamente por dois jovens - um sírio e um iraquiano. Logo na noite de domingo, 800 pessoas saíram para a rua. A polícia teve de usar canhões de água para controlar os manifestantes.
O cenário repetiu-se esta segunda-feira à noite. Bandeiras, palavras de ordem, saudações nazis, foguetes e uma chuva de garrafas e pedras. A polícia voltou a usar canhões de água. Várias pessoas ficaram feridas, mas não se sabe quantas nem a gravidade dos ferimentos.
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Depois da perseguição de domingo, várias pessoas de nacionalidade síria, afegã e búlgara apresentaram queixa na polícia. Pelo menos quatro pessoas foram acusadas.
O porta-voz de Angela Merkel foi claro a condenar a violência, afirmando que não há lugar na Alemanha, para uma justiça vigilante. Não há lugar para grupos que querem espalhar o ódio, a intolerãncia e o extremismo nas ruas.