A polícia espanhola reforçou a segurança na praça Porta do Sol, em Madrid, depois de a Junta Eleitoral ter proibido as concentrações de protesto no local.
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Numa resolução aprovada esta quarta-feira à tarde, a Junta Eleitoral de Madrid diz que não há «causas extraordinárias e graves que justifiquem a urgência da convocatória solicitada em 24 horas».
As convocatórias têm que ser apresentadas dez dias antes do protesto, o que não aconteceu.
Para além deste motivo, a junta alega que «o apelo ao voto responsável» - a que fazem referência os responsáveis pela convocatória do protesto, também conhecidos como "Movimento 15 de Maio" - «pode afectar a campanha eleitoral e o direito dos cidadãos ao exercício do voto».
A delegação do governo em Madrid já foi notificada e deve dar entretanto instruções às autoridades policiais para que dispersem os manifestantes.
Os manifestantes concentraram-se em peso esta quarta-feira à noite na praça Porta do Sol, tendo sido convocados pelas redes sociais.
Desde então um grupo de manifestantes mantém-se no local e promete ficar, apesar das recomendações da junta, até ao dia das eleições municipais e regionais do próximo domingo.
Os manifestantes alegam que são pacíficos, condenam quem os chama de «anti-sistema» e para evitarem comentários menos próprios limpam as ruas, recolhem o lixo e distribuem comida e água a quem fala à imprensa e a quem alimenta as redes sociais.