Desde a tomada de Damasco por uma coligação rebelde islamista que levou à queda do Presidente Bashar al-Assad, a 8 de dezembro, 18 civis e mais de 50 soldados do governo deposto foram mortos pelo EI neste deserto
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Seis pastores sírios foram mortos este sábado por combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) que roubaram o seu gado no deserto da região central de Homs, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Seis criadores de ovelhas foram mortos ao amanhecer por homens armados do EI" que roubaram o seu gado e fugiram, perto de Palmira, adiantou o observatório.
Desde a tomada de Damasco por uma coligação rebelde islamista que levou à queda do Presidente Bashar al-Assad, a 8 de dezembro, 18 civis e mais de 50 soldados do governo deposto foram mortos pelo EI neste deserto, segundo a ONG.
Segundo o observatório, com sede do Reino Unido, que dispõe de uma vasta rede de fontes, os soldados foram detidos e depois executados, porque "fugiram (...) quando o regime caiu".
Depois de ter conquistado vastas áreas na Síria e no vizinho Iraque em 2014, o EI sofreu sucessivos reveses até ser derrotado em 2019 na Síria. No entanto, os extremistas que se retiraram para o deserto sírio continuaram a realizar ataques contra civis, as forças do governo deposto e as forças curdas.
Alguns especialistas temem que o EI esteja a aproveitar a fase de transição na Síria para se reconstituir no deserto, o que Washington diz querer evitar, escreve a AFP.
Na sexta-feira, em Ancara, capital da Turquia, o chefe da diplomacia americana, Anthony Blinken, disse que era "imperativo" trabalhar contra o Estado Islâmico após a queda dos talibãs.