Jens Stoltenberg nomeou os quatro países cuja proliferação nuclear mais preocupa os Estados-membros e o mundo: Rússia, China, Irão e Coreia do Norte.
Corpo do artigo
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, alertou esta terça-feira para a proliferação do armamento nuclear em todo o mundo, em particular na China, que está a aumentar o "arsenal nuclear sem qualquer transparência".
"A NATO vai ser uma aliança nuclear enquanto houver ameaças nucleares", sustentou o secretário-geral da NATO, por videoconferência, no arranque da 18.ª Conferência Anual da NATO sobre o Controlo de Armas, Desarmamento e a Não proliferação de Armas de Destruição Maciça.
Jens Stoltenberg considerou que, no imediato, a Rússia é a principal ameaça dos 31 Estados-membros que compõem a NATO e que a invasão à Ucrânia, há mais de um ano, "faz parte de um longo padrão de comportamentos agressivos" por parte de Moscovo.
O aumento da "retórica nuclear provocadora" - "ignorando, violando e abandonando a maior parte dos acordos de não proliferação que mantinham o mundo seguro" - faz parte de uma estratégia da Rússia para "impedir os aliados da NATO de ajudar a Ucrânia", completou Stoltenberg.
Contudo, Moscovo não é a única preocupação: "A China está a aumentar o seu arsenal nuclear sem qualquer transparência."
O secretário-geral da Aliança Atlântica nomeou os quatro países cuja proliferação nuclear mais preocupa os Estados-membros e o mundo: China, Rússia, Irão e Coreia do Norte.
O propósito, acrescentou, deveria ser um compromisso de desnuclearização e um caminho para uma paz duradoura e, na ótica do secretário-geral, a NATO "desempenha um papel importante nesse esforço".