Patrão e funcionário conviveram ao longo de dez anos num negócio, sem conhecimento dos laços familiares que os ligavam.
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Antônio Nunes, empresário da cidade de Blumenau, no sul do Brasil, é dono de uma revenda de gás, chamada Tonho do Gás, e por isso contacta com muitas pessoas.
Entre elas, Maicon Luciani, funcionário de uma empresa cliente, com quem foi convivendo e ganhando intimidade ao longo de dez anos de negócios.
Um dia, via Facebook, Tonho reparou que Maicon estava à procura de emprego. Não pensou duas vezes e contratou o amigo para a sua Tonho do Gás, no Natal do ano passado.
Na última semana, Tonho precisou de ir buscar outro funcionário a uma cidade distante e convidou Maicon para ir com ele e assim conhecer todo o processo de engarrafamento de gás.
No caminho, Maicon adormeceu algumas vezes por instantes sem notar, uma característica, disse Tonho, igualzinha à de um tio dele.
Eis o mote para começarem a conversar sobre a família de ambos. Conversa vai, conversa vem, Maicon contou que o seu apelido original era Nunes mas que foi adotado por uma família por intermediação de uma cabeleireira que trabalha na velha rodoviária de Blumenau.
Tonho interrompeu: "O nome do teu pai não era João? Tu não conheceu a cabeleireira no centro de educação profissional no dia das eleições?". Maicon, meio surpreendido, confirmou. "Tu és meu irmão, gordo!", gritou Tonho que, tal como Maicon, é bastante pesado.
Como a mãe de ambos não tinha condições de criá-los, deixou Tonho com a avó e entregou Maicon e um terceiro irmão para a adoção, há 31 anos.
Tonho sempre soube da história e até conseguira encontrar Jefferson, o terceiro irmão, através de dados partilhados pela avó. Agora, por um acaso, encontrou a peça que faltava, Maicon, dentro da própria empresa.
No último fim de semana, Tonho, Jefferson e Maicon reuniram-se para o primeiro de muitos churrascos fraternos, regados a cerveja.