Após uma investigação que durou um ano e que resultou na detenção de 150 pessoas, as autoridades espanholas descobriram ligações entre as secretas do país e esta rede.
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As autoridades espanholas descobriram que os serviços secretos tinham ligações a uma rede de tráfico de informações no país, entretanto desmantelada e que acabou na detenção de mais de 150 pessoas.
Segundo o jornal El País, após uma investigação que durou um ano e que terminou em maio, um agente do Centro Nacional de Inteligência contactou a polícia para obter informações sobre as acusações que estavam a ser feitas aos detidos.
Nas mais de 16 mil páginas onde se descrevem os contornos da operação Pitiusa, há também registo de contactos entre suspensos e agentes das secretas.
O El Pais garante que a polícia tem na posse gravações de conversas telefónicas por exemplo sobre a operação para desmantelar uma rede de contrabando de tabaco.
Nessa gravação, um dos suspeitos fala um tal "Primo", que as autoridades dizem ser o nome de código do contacto do suspeito nas secretas.
Entre os detidos relacionados com esta rede de tráfico de informações estão detetives privados, polícias, funcionários das finanças e da segurança social, bem como responsáveis de empresas de telemóveis e escritórios de advogados.
Esta rede, que atuava em vários pontos de Espanha, obtia de forma ilegal documentos pessoais, vendendo posteriormente esta informação.