A 15 de março de 2011, milhares de sírios saíram à rua em Daraa em protesto contra a prisão de 15 jovens que tinham escrito na parede da escola "o povo quer a queda do regime". Passaram sete anos.
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Sete anos de guerra já causaram mais de meio milhão de mortos - cerca de 71 mil por ano. Os números são do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
O que começou como um mero protesto contra o regime de Bashar Al-Assad escrito na parede de uma escola por alguns adolescentes, acabou em guerra civil.
Só no tempo que levamos de 2018, e segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) já foram mortas cerca de mil crianças.
A UNICEF publicou recentemente uma declaração em branco explicando que já não tem palavras para descrever o sofrimento das crianças sírias e que não pode continuar a esconder a indignação.
Para além das vítimas mortais, a guerra obrigou 5 milhões e 400 mil pessoas a deixarem a país.
A grande maioria dos refugiados ficou nos estados vizinhos. A Turquia acolhe 3 milhões e 300 mil, o Líbano cerca de 1 milhão e a Jordânia mais de 650 mil.
A juntar aos refugiados, há 6 milhões de deslocados internos e mais de 13 milhões dos que estão no país precisam de ajuda humanitária.
Ao todo, cerca de metade dos 32 milhões de habitantes que a Síria tinha em 2011 foram afetados pela guerra.