Sete guardas prisionais foram feitos reféns, esta segunda-feira, numa cadeia do sul do Brasil, na sequência do mais recente motim de uma série de outros registados nos últimos meses, informaram os 'media' brasileiros.
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Segundo as autoridades, um foi libertado, na tarde de segunda-feira, com ferimentos ligeiros, após sete terem sido feitos reféns durante os distúrbios que estalaram na prisão de Maringa, no estado do Paraná, a cerca de 600 quilómetros a oeste de São Paulo.
Trata-se do segundo motim na prisão de Maringa, construída em 1996 e com 650 reclusos, no espaço de apenas dois meses.
De acordo com o portal de notícias G1 a polícia militar estava a negociar com os reclusos numa ala prisional que conta com 120 detidos.
Citado a secretaria estatal de Justiça e o sindicato regional dos guardas prisionais (Sindarspen), a Globo reportou que nos últimos cinco meses foram registados 23 motins em prisões só no estado do Paraná.
Com mais de 560 mil reclusos em todo o país, as prisões do Brasil estão a rebentar pelas costuras, com 274 detidos por cada 100 mil residentes, de acordo com o Centro Internacional de Estudos Penitenciários.
Segundo a Amnistia Internacional, o Brasil tem a quarta maior população prisional do mundo, a seguir aos Estados Unidos, China e Rússia.