Serviço de espionagem da Coreia do Sul acusa piratas informáticos norte-coreanos de tentar obter informações sobre a vacina.
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A Coreia do Sul está a acusar a Coreia do Norte de tentar invadir os sistemas informáticos da farmacêutica Pfizer, na tentativa de obter informações sobre a vacina e tratamentos contra a Covid-19.
O Serviço Nacional de Inteligência de Seul "informou-nos que a Coreia do Norte tentou obter tecnologia sobre a vacina e tratamento para a Covid-19 usando ciberguerra para piratear a Pfizer", disse esta terça-feira aos jornalistas o deputado do parlamento sul-coreano Ha Tae-keung, citado pela AFP.
A Pfizer e a BioNTech revelaram em dezembro de 2020 que documentos relacionados à vacina foram "acedidos ilegalmente" durante um ataque informático a um servidor da Agência Europeia de Medicamentos, mas não foi determinada a origem do ataque.
Sem casos oficialmente reportados da doença, a Coreia do Norte mantém a fronteira com a China completamente fechada desde janeiro do ano passado.
As habilidades de Pyongyang no cibercrime ganharam proeminência global em 2014, quando a Coreia do Norte foi acusada de invadir a Sony Pictures Entertainment como vingança pela produção do filme "The Interview", uma sátira a Kim Jong-un. O ataque resultou na divulgação de documentos confidenciais e vários filmes inéditos.
Os piratas informáticos norte-coreanos também foram responsabilizados pelo ataque cibernético global WannaCry, que, em 2017, infetou cerca de 300.000 computadores em 150 países.
A coreia do Norte terá, igualmente, desviado ao longo dos últimos meses mais de 300 milhões de dólares em cripto moedas através de ataques informáticos destinados a financiar o seu programa nuclear e balístico, segundo um relatório confidencial da ONU divulgado há dias.
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