Potências europeias disseram esperar que a mudança de governo em Washington permita o regresso dos Estados Unidos ao acordo, que abandonou unilateralmente em 2018.
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As potências signatárias do acordo nuclear de 2015 com o Irão instaram esta quarta-feira a República Islâmica a deixar de violar o pacto e voltar ao seu cumprimento, disse um responsável alemão.
Representantes da França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China e Irão participaram numa reunião virtual, devido à pandemia da Covid-19.
As potências europeias disseram esperar que a mudança de governo em Washington permita o regresso dos Estados Unidos ao acordo, que abandonou unilateralmente em 2018. Um ano depois, Teerão começou a deixar de cumprir alguns dos seus compromissos no pacto.
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Atualmente o Irão não cumpre a maioria das principais restrições estabelecidas no acordo, como as relativas às reservas de urânio e de água pesada e ao nível de enriquecimento de urânio.
O Presidente norte-americano eleito, Joe Biden, já admitiu o regresso dos Estados Unidos ao acordo, que foi negociado quando era vice-Presidente de Barack Obama.
O delegado russo para o Plano de Ação Conjunto Global (nome do acordo nuclear), Mikhail Ulyanov, indicou através da rede social Twitter no final da reunião que "os participantes confirmaram o seu firme compromisso em relação ao acordo nuclear, bem como a disposição para intensos esforços diplomáticos no sentido de garantir a sua plena implementação".
O pacto prometia ao Irão o levantamento de sanções internacionais em troca de restrições ao seu programa nuclear, mas os Estados Unidos restabeleceram duras sanções após a sua saída do acordo, cujo impacto os restantes signatários não conseguiram compensar.
Os participantes na reunião de hoje acordaram a realização de novas conversações "informais" a nível ministerial a 21 de dezembro.
Os delegados da reunião de quarta-feira concordaram em realizar mais conversações "informais" em nível ministerial em 21 de dezembro.