O eurodeputado Paulo Rangel, vice-presidente do Partido Popular Europeu, confirmou à TSF a atribuição do prémio à oposição venezuelana.
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O eurodeputado revela alguns dos argumentos que justificam a escolha e considera que "a Venezuela é o farol das ditaduras na América Latina".
"Os argumentos do Parlamento Europeu estão relacionados com a grave deterioração da democracia na Venezuela, um caminho que vem do tempo de Hugo Chávez e agora agravou-se com Nicólas Maduro. A oposição é sistematicamente sujeita a pressões, a perseguições e prisões. Hoje a Venezuela é o farol das ditaduras na América latina e este prémio vem apoiar os que se manifestam na rua e colocam em risco as suas vidas e a das suas famílias".
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Paulo Rangel diz mesmo que este prémio chega com algum atraso, porque a Venezuela vive uma situação desesperada.
"Não podia passar mais tempo sem condenar o regime de Maduro e sem dar esperança e alento de apoio internacional a todos os que mantêm viva a chama de poder restaurar a democracia e o caminho para o desenvolvimento económico e social e pôr fim a uma situação que é desesperada".
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O eurodeputado Paulo Rangel considera que este prémio é um sinal de esperança, até para a comunidade portuguesa, porque mostra que a comunidade internacional não esqueceu a Venezuela.
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"Infelizmente é pena que seja necessário atribuir este prémio, é sinal que as coisas estão muito mal na Venezuela, mas é também um motivo de esperança e um motivo para dizer que apesar de ter saído da abertura dos noticiários não saiu da primeira linha dos que se preocupam com os direitos humanos. A nós portugueses, que temos uma comunidade em forte risco, é muito significativo de que a Europa está atenta a uma situação inaceitável".