O sindicato dos pilotos alemães Cockpit rejeitou hoje a proposta melhorada para aumentos salariais apresentada pela companhia aérea alemã Lufthansa.
Corpo do artigo
Com esta proposta, a administração da companhia aérea pretendia pôr fim à greve em marcha desde quarta-feira, que já cancelou milhares de voos.
O sindicato Cockpit rejeitou a oferta da companhia aérea no final do dia de sexta-feira, classificando-o como uma "tentativa de vender vinho velho com um rótulo novo", segundo declarações de Joerg Handwerg, membro da direção do sindicato, citado pela agência noticiosa AFP.
Segundo o sindicalista, a greve não deverá ser prolongada para lá de sábado, data prevista para terminar, mas podem vir a ser tomadas novas ações.
A companhia aérea alemã Lufthansa melhorou hoje a proposta de aumento salarial para os pilotos, passando-a de 2,5% para 4,4%, com vista a resolver um diferendo que já levou a várias greves.
Segundo a proposta divulgada hoje pela empresa, o aumento seria em duas fases, com um aumento de 2,4% em 2016 e outro de 2% em 2017. Os pilotos receberiam também um pagamento único equivalente a quase dois meses de salário.
A companhia aérea quer também aumentar gradualmente a idade média de reforma dos pilotos até 2018 para 60 anos, em vez dos atuais 59 anos, à semelhança do que já acontece com a Lufthansa Cargo e com a companhia de baixo custo Germanwings.
Os pilotos da companhia estão em greve desde quarta-feira, a 14.ª paralisação desde abril de 2014.
A greve levou hoje ao cancelamento de 830 voos na Alemanha e na Europa e para sábado foi anunciada a anulação de 137 voos, dos quais 88 são ligações intercontinentais.
Desde quarta-feira, a greve, convocada pelo sindicato Cockpit, provocou o cancelamento de 2.755 voos, afetando 345.000 passageiros.
Cada dia de greve custa à Lufthansa cerca de 10 milhões de euros, segundo o jornal Bild.