Os sindicatos gregos anunciaram hoje que vão receber com protestos a chanceler alemã, que visita Atenas na próxima semana para «apoiar o processo de reformas estruturais» no país.
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As "políticas neo-liberais" europeias, simbolizadas por Merkel, serão contestadas pelos GSEE e Adedy, as confederações sindicais do setor público e privado, e também pelo Syriza, coligação da esquerda radical.
Para já, as entidades convocaram uma manifestação em frente ao Parlamento grego, a realizar-se às 10h00 locais na próxima terça-feira.
A chanceler alemã, Angela Merkel, desloca-se à Grécia «para apoiar o processo de reformas estruturais» no país da zona euro sob resgate dos parceiros internacionais, anunciou hoje o porta-voz do executivo germânico, Steffen Seibert.
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, que se reunirá com Merkel em Atenas, anunciou recentemente que uma visita da chefe do Governo alemão ao seu país «seria importante para as relações germano-gregas», que têm sido conturbadas nos últimos tempos.
Samaras esteve em Berlim em finais de agosto, e convidou Merkel a visitar a Grécia, que está ainda a negociar com a troika do FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu um novo programa de austeridade de 13,5 mil milhões de euros.
Só com "luz verde" destas instituições internacionais aos novos cortes orçamentais a Grécia poderá receber a próxima tranche de um segundo resgate de 110 mil milhões de euros, que ascende a 31,5 mil milhões de euros.